Vou cantando nos caminhos
Não me ferem os espinhos
Das estradas da existência
Minha eterna primavera
Tem perfumes de quimera
Na sua resplandecência!
Amores eu já não tenho
E tristezas não retenho
No meu coração feliz
Mas quando cerro os meus cílios
Ouço palavras de idílios
Que a madrugada me diz!
Amante de poesias
Vou respirando alegrias
Nas espumas das cascatas
Bebendo o orvalho que aflora
Dos doces lábios da aurora
Nas relvas das verdes matas!
A camisa aberta à frente
Caminhando alegremente
Caminheiro não se cansa
Vagando pela incerteza
Minha pátria é a Natureza
Minha bandeira, a Esperança!